terça-feira, 17 de novembro de 2009

Pai Nosso






Pai Nosso

Pai nosso que estais no céu
Olhai a nós que aqui estamos
Santificado seja o teu nome
E lembra o nosso quando clamamos
Venha a nós o teu Reino
E chegue a Ti nosso modo de viver
Seja feita a Tua vontade
Ainda que não possamos entender
Assim na terra como no céu

O pão nosso de cada dia nos dai hoje
Para que não venhamos a ti reclamar
Perdoa as nossas dividas
Ainda que sejam grandes demais
Assim como perdoamos aos nossos devedores
E com isso possamos encontrar a paz

E não nos deixeis cair em tentação
Mesmo que a razão se deixe enganar
Mas livra-nos do mal
Que a consciência não nos venha condenar

Pois Teu é o reino, a Glória
Nosso respeito deixado aqui
O Poder pelos séculos dos séculos
E nosso viver fica em Tua memória
Amém!


Marcelo Bancalero

domingo, 15 de novembro de 2009

Tentação






Tentação


Tentação... Mudaram-se os valores nessa questão!
Ela não é mais algo que nós queiramos evitar
Pode se dizer que mudou nosso pedido na oração
Que o próprio Pai Nosso queiramos reformular

“...E nos deixei Senhor cair nessa tentação...”
“...Apenas pedimos que do mal venha nos livrar...”
Tentação... Mudaram-se os valores nessa questão!
Ela não é mais algo que nós queiramos evitar

Hoje o que nos importa é satisfazer o coração
Sem que Deus ou sociedade possam nos importar
Os prazeres da carne são a primeira opção
Satisfaze-la é coisa que não se pode faltar
Tentação... Mudaram-se os valores nessa questão!


Marcelo Bancalero

sábado, 14 de novembro de 2009

Ser louco




Ser louco
Ser louco Significa ser normal
Afinal, quem não é um pouco louco
Dessa vida aproveita-se muito pouco
Pois a loucura nos dá certa liberdade

quem nessa vida nunca enlouqueceu de amor?
Só aqueles que na verdade de fato nunca viveram
Que por medo da loucura muito tempo perderam
Pois só os loucos conhecem a felicidade

Ser louco, vou lhe dizer
É apaixonar-se a todo momento
Acreditar que a vida pode ser  algo mais

Ser louco é viver por prazer
É deixar o passado no esquecimento
É ter o coração repleto de paz



Marcelo Bancalero

Deserto ou Paraiso?




Deserto ou Paraiso?

Deserto ou Paraiso? Essa é a questão!
Cabe aos meus sentimentos resolver
Pois depende muito de como estão
Para dar significados ao meu viver

Posso no deserto sentir certo prazer
Ou mesmo no Paraiso em plena solidão
Deserto ou Paraiso? Essa é a questão!
Cabe aos meus sentimentos resolver

No momento que me é dura a desilusão
Acreditando que o coração  sabia escolher
Me vejo aqui no vazio imenso da solidão
Sem que assim eu possa compreender
Deserto ou Paraiso? Essa é a questão!


Marcelo Bancalero


sábado, 7 de novembro de 2009

Ousadia




Ousadia

É preciso ter na vida um pouco mais de ousadia
Se quiserexperimantar as delicias da paixão
Tem que se estar pronto para viver todo dia
Seguindo o que se pede em  nosso coração

Quem quiser felicidade ao invéz de solidão
Vestir a tristeza asim com trages de alegria
É preciso ter na vida um pouco mais de ousadia
Se quiser experimantar as delicias da paixão

Por que? É a pergunta, você deixaria
A vida passar assim sem nenhuma emoção?
Pois a alma só pode encontrar  a alegria
Saciando os desejos de seu coração
É preciso ter na vida um pouco mais de ousadia


Marcelo Bancalero

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Esperança



Esperança

Cultivo no peito, essa esperança altiva.
Que mantém acesa a chama do amor
Que não me permiti acreditar no dissabor

Que me faz caminhar assim errante
Desatinado sem preocupações
Alheio a loucura das próprias emoções

Deposito  essa esperança no seu olhar
A fim de que neles possa me encontrar



Marcelo Bancalero/ Eritânia Brunoro


Perdoa-me a insensatez desse amor






Perdoa-me a insensatez desse amor
Por querer viver a  loucura dessa paixão
Perdoa-me se com isso lhe causo dor
Se não mostro respeito a tua emoção

Mas é culpa desse meu tolo coração
Que perdeu o pouco de seu pudor
Perdoa-me a insensatez desse amor
Por querer viver a  loucura dessa paixão

Eu queria apenas agora lhe propor
Que a meu sentimento de atenção
Quando não te vejo o mundo perde a cor
E minha alma teme pela solidão
Perdoa-me a insensatez desse amor



Marcelo Bancalero


Amor Virtual




Amor Virtual

Em kbs  pela internet  navega minha emoção
E tenta assim materializar-se na tela de seu pc
Será que ela consegue transmitir minha paixão?
Será que esse amor tem força pra sobreviver?

Será que sente o toque do mouse sobre seu rosto
Deslizando sobre a foto que me embriaga a alma?
Será que é possível sentir de tão distante o gosto
Do beijo na tela que por um momento me acalma?

Será possível continuar viver assim nessa utopia
Onde o um real encontro está fora do alcance?
Encontrar então um breve momento de alegria
Que sustente a loucura desse impossível romance?

Essas perguntas agora não me são pertinentes
As respostas por hora não me importam na verdade
Pois Nesses meus delírios meio que inconsequentes
Tento apenas te trazer para minha realidade


Marcelo Bancalero

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Ah...Quem me derá eu soubesse fazer sonetos


Ah...Quem me derá eu soubesse fazer sonetos

Com maestria digna dos mais grandes poetas

Então declamaria por todos os guetos

Palavras que não se permitem ser discretas

Assim emolduradas por tão nobre arte

Quem sabe façam-se entender por minha amada

Viajando pelos ventos para toda parte

E só descansem quando su’alma ser tocada

Ah...Quem me derá eu soubesse fazer sonetos

Com palavras que se fizessem entender

E pudessem então explicar essa dor

Ah...Quem me derá eu soubesse fazer sonetos

Que tivessem o poder de te convencer

A viver comigo a loucura desse amor

Marcelo Bancalero

Homenagem Póstuma a meus Pais


Quero aqui fazer minha póstuma homenagem

A Papai e Mamãe que partiram cedo demais

A ambos eu tive por pouco tempo nessa vida

Mas hoje o coração já aceita a perda em paz

Queria agradecer por tudo o que fizerem

O que estava dentro de suas possibilidades

Sei que algumas atitudes ficaram escondidas

De ambos os lados por trás de meias verdades

A correria da vida foi culpada por palavras não ditas

Que teriam me confortado quando vocês partiram

Mas hoje, nesta simples poesia eu as quero eternizar

Para que ouçam no céu o que aqui não ouviram

Por vocês eu sempre me senti múi amado

Mesmo que não soubesse como demonstrar

E meu amor, nem sempre teve chances de aparecer

Mas o homem de hoje saberia como contornar

Sou o que sou por que venho de boa semente

Que ao seu tempo pode assim frutificar

Obrigado pelo legado que minh’alma permeia

Por ter algo para a meus filhos poder deixar

Marcelo Bancalero


Refazer o coração







Se pudesse refazer meu coração

Juntar seus cacos pelo chão
Ou pintá-lo numa nova versão
Quem sabe poderia ser feliz

Poderia acreditar novamente
Na paixão que a gente sente
Quando encontra à nossa frente
O amor que sempre se quis

Mas isso é como pura ilusão
Que nasce em nossa mente
Pra nos deixar mais infeliz




Marcelo Bancalero


Traido pelo coração

Sinto que meu coração está me traindo

Não me deixando escolhas feitas pela razão

Ele decide por sí mesmo a quem se entregar

Sem me dar chances de dizer que não

Insistindo assim em se apaixonar

Mesmo que se trate de um impossível amor

Ainda que esse sentimento me seja proibido

Está disposto a correr o risco da dor

Mesmo que essa ilusão não faça sentido

Já sinto-me incendiado por essa paixão

Como um fogo ardente que vai me subindo

Alimentando a loucura desse coração

Marcelo Bancalero



O dia de visitas






O dia de visitas


Dona Laura já estava apreensiva, afinal, aquele era o dia tão esperado das visitas, e ela e seus vizinhos, esperavam ansiosos. Na outra rua a espera também causava rebuliço. O Sr. Antonio, que era um dos moradores mais antigos, relembrava os anos que passara desde que havia chegado. Ele fazia questão de relatar para os mais recentes moradores todas as suas experiências em outras visitas, orgulhoso ao falar sobre os parentes e amigos que vinham visitá-lo.
Porém, em outra rua, entre outros vizinhos, estava o Sr. Joaquim, triste e sem muitas palavras. Ele era um antigo morador como o Sr. Antonio, mas ao contrário do amigo, nunca havia recebido nem uma visita sequer. Embora ano após ano se preparasse para o dia de visitas, ninguém aparecia. Era como se ele não estivesse lá, como se nunca tivesse tido parentes ou amigos.
Era um lugar de muita calma, onde moravam pessoas ricas e pobres juntas, sem se importar com suas diferenças.
Já eram oito horas quando as visitas começaram a chegar. Aos poucos as ruas foram ficando lotadas de pessoas, cada um visitando seu parente ou amigo.
De repente, o momento saudoso foi interrompido, e o silêncio imperou por um momento. A protagonista do acontecimento era Júlia de oito aninhos apenas, que acabava de chegar e ia morar atrás da rua da Dona Laura, ao lado da casa do Sr Joaquim. As crianças do local logo vieram dar boas-vindas à chegada de mais uma amiguinha.
Foi exatamente nessa hora que aconteceu algo que emocionou a todos os moradores. Acontece que a Júlia era bisneta do Sr. Joaquim, (aquele mesmo que nunca havia recebido nenhuma visita), Então seu neto (que era o pai de Júlia), veio até onde estava o Sr. Joaquim, conversou com ele, pediu desculpas por nunca ter aparecido para uma visita e lhe fez um pedido. Para que ele cuidasse de sua filhinha. O velhinho ficou contentíssimo com a visita e lisonjeado com o pedido que prometeu cumprir.
Seu neto foi embora, ao sair deixou algumas flores e limpou a plaquinha que estava pendurada na porta onde estava escrito;
“Aqui jazz Joaquim da Silva”.
1908 à 1978
Saudades de sua família“.
Foi nessa hora que os portões do cemitério começaram a ser fechados. Estava acabado o dia de visitas e tudo voltou à sua calma costumeira.


Marcelo Bancalero
Publicado no Recanto das Letras em 31/10/2007
Código do texto: T717108

As Fases da Vida

A vida pode ser dividida em fases assim

O amanhecer muitas veses vai até os 40 anos

Pois até essa idade ainda somos imaturos demais

Pensamos ser adultos, como parte de muitos enganos

Dos 40 aos 60 compreendemos o que é a paz

É a fase do entardecer que começa a chegar

Abrimos mão de todas aquelas ilusões

Que de alguma forma vinham nos aprisionar

Aos 60 temos domínio de certas emoções

E a experiência nos ajuda assim a entender

Que deviamos ter aproveitado mais a vida

Antes de chegar a fase do anoitecer

Marcelo Bancalero

domingo, 1 de novembro de 2009


O melhor lugar no mundo

O melhor lugar do mundo eu posso lhe mostrar

Está bem ai dentro de você, é fácil de se encontrar

É qualquer lugar, seja ele onde você quiser

O importante não é o lugar, mas como você estiver

Qualquer lugar é bom, depende só de você

Sentir-se em paz, deixar-se apenas viver

Nada na verdade, tem o poder de te incomodar

É você quem resolve a importancia que vai dar

O melhor lugar do mundo é onde você decidir

Olhar a vida de uma perspectiva diferente

E permitir-se acreditar nos sentimentos seus

O melhor lugar do mundo é começar a existir

Em total plenitude de maneira envolvente

Sentindo-se em harmonia com o próprio Deus

Marcelo Bancalero


Destino

Nosso destino ainda não foi traçado

Descrito assim em um lugar qualquer

Mas está sendo dia a dia preparado

Nas mínimas escolhas que a gente fizer

A cada dia ele poderá ser mudado

De acordo ou não com o ideal que se quis

Mesmo as metas que nós temos traçado

Dependem de esforço para um final feliz

Como bem dizem no meio popular

“O Destino é a gente quem faz”

Só quem aceita isso sem reclamar

É que pode alcançá-lo em serena paz

Marcelo Bancalero